domingo, 1 de abril de 2012

1º DE ABRIL

Revolução, Milagre Econômico, Ditabranda...
Há quem prefira essas mentiras mas também tem quem não as engula:

Nota de repúdio à violência e à celebração do Golpe de 1964

O Cordão da Mentira vem por meio desta repudiar o evento de celebração do golpe militar de 1964, realizado no Círculo Militar do RJ, e a ação violenta da Polícia Militar do RJ contra os manifestantes no dia 29/3/12.
O Cordão classifica tais acontecimentos como, no mínimo, lamentáveis.
O Cordão da Mentira, assim como os manifestantes de diversas correntes políticas no RJ, denuncia algo grave: “A ditadura não acabou!”, 48 anos após o golpe, ainda sofremos com as heranças jurídicas, sociais e culturais deixadas por esse período. Herança esta que perpetua o terrorismo de Estado e que pode ser sintetizada pela palavra violência. A dita não foi branda e persiste apoiada não somente em setores militares, mas também em setores empresariais, midiáticos, dentre outros da sociedade civil, que juntos cometeram atrocidades em todo o país. 
Torturaram, mataram e reprimiram a população brasileira como um todo. 
Suas vítimas não foram só aquelas que contestavam a ordem, mas qualquer pessoa que não se alinhasse aos interesses espúrios da ditadura civil-militar.
Ao contrário dos outros países latino-americanos, no Brasil não houve justiça de transição. Os responsáveis por crimes como tortura e desaparecimento de corpos, de lesa humanidade, não foram julgados. O Estado brasileiro não investigou os crimes cometidos durante a ditadura, mesmo tendo sido internacionalmente condenado pela OEA por esse motivo. Isso demonstra que os interesses que levaram os militares ao poder continuam fortes e operantes no cenário político. Não satisfeitos, os militares ainda resolveram satirizar a sociedade brasileira em mais uma 
confraternização de celebração. Perguntamos a eles, o que devemos celebrar?
Após 25 anos do fim da ditadura, o que nos resta? Calar-nos frente às comemorações e aos elogios feitos à ditadura militar pelos oficiais? Devemos conviver diariamente com o discurso apaziguador feito pela grande mídia? Temos de sentir vergonha das lágrimas que 
derramamos pelos queridos e queridas no passado e no presente? 
Resta-nos a solidão por acreditarmos em uma sociedade democrática?
Para nós, restou a resignação ou a bala. Nas manifestações, balas de borracha e armas de choque. Nas periferias, balas com pólvora e chumbo.
A ditadura não acabou! Não ficaremos calados! 
Se a farsa continua, continuaremos a exigir o direito à justiça e à verdade.
Cordão da Mentira




O bloco foi prá rua.
O Cordão da Mentira passou por locais que foram paradigmas durante
o regime militar até chegar ao Galpão do Folias



Foi lá que também deixei minha contribuição.

 








Depois da encenação no Galpão o Cordão da Mentira retomou seu trajeto





E o Galpão do Folias "herdou" a escultura



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