quarta-feira, 18 de abril de 2012

ELDORADO DOS CARAJÁS
 
Sixteen years ago 21 Landless Workers were murdered by military police of Pará, the commanders of the action are still at liberty despite the condemnation of 228 years in prison.
In the last seventeen days 105 roadblocks occurred in 20 states. In the Greater Sao Paulo the  MST stopped Anhanguera for 21 minutes (actually a bit more).



Há dezesseis anos 21 Trabalhadores Sem Terra foram assassinados pela Polícia Militar do Pará, os comandantes da ação ainda estão em liberdade 
apesar da condenação a 228 anos de prisão.
No último dia dezessete 105 bloqueios de estradas ocorreram em 20 estados. Na Grande São Paulo o MST parou a Anhanguera por 21 minutos (na verdade um pouco mais).





For this action the Dolores Group also prepared an aesthetic action involving 21 heads of polyurethane representing victims of Eldorado dos Carajas.
Before the block, MST participated in the intervention adding the aesthetic of the movement, emerged from the Pastoral Land:
 

Para esta ação o Grupo Dolores preparou também uma ação estética que envolveu 21 cabeças de poliuretano representando as vítimas de Eldorado dos Carajás. 
Antes do bloqueio militantes do MST participaram da intervenção acrescentando a estética do Movimento, oriundo das Pastorais da Terra:

 

 

 

 

The protest was peaceful and lasted 32 minutes in total.

I’m glad to see my work as part of a demonstration against impunity and in favor of workers who claim the land to produce food free from pesticides, 
hormones and the exploitation of cheap labor (often slave).

In the end, it is the struggle against capitalism, a destructive system that destroys lives and the planet.


O protesto foi pacífico e durou 32 minutos no total. 
Fico contente em ver meu trabalho fazendo parte de uma manifestação contra a impunidade e a favor de trabalhadores que reivindicam terra para produzir comida livre de agrotóxicos, hormônios e da exploração de mão de obra barata (muitas vezes escrava).
No final, a luta mesmo é contra o Capitalismo, 
um sistema nefasto que destrói vidas e o planeta.









 

Mais sobre esta ação no site do MST:






quinta-feira, 5 de abril de 2012

3 EM OSASCO


Há tempos estou devendo uma intervenção aqui em Oz (Osasco), então prá compensar a demora coloquei três trabalhos no centro da cidade.

Começando pela Primitiva Vianco:
 
  
 

  


Depois uma no calçadão:






E por último uma na Estação Osasco da CPTM:
 

 




Uma mãozinha curiosa apareceu e se interessou pelo trabalho:



Depois de conferir o que era resolveu deixar por lá mesmo e seguir seu caminho:


 




Depois de um tempo alguém derrubou, sem querer, e o trabalho se partiu em dois:
 

 

 


Não tem problema, vou colar e voltar a colocar nas ruas de Oz mas vou tomar a precaução de escolher um lugar que as pessoas não trombem com ele.




domingo, 1 de abril de 2012

1º DE ABRIL

Revolução, Milagre Econômico, Ditabranda...
Há quem prefira essas mentiras mas também tem quem não as engula:

Nota de repúdio à violência e à celebração do Golpe de 1964

O Cordão da Mentira vem por meio desta repudiar o evento de celebração do golpe militar de 1964, realizado no Círculo Militar do RJ, e a ação violenta da Polícia Militar do RJ contra os manifestantes no dia 29/3/12.
O Cordão classifica tais acontecimentos como, no mínimo, lamentáveis.
O Cordão da Mentira, assim como os manifestantes de diversas correntes políticas no RJ, denuncia algo grave: “A ditadura não acabou!”, 48 anos após o golpe, ainda sofremos com as heranças jurídicas, sociais e culturais deixadas por esse período. Herança esta que perpetua o terrorismo de Estado e que pode ser sintetizada pela palavra violência. A dita não foi branda e persiste apoiada não somente em setores militares, mas também em setores empresariais, midiáticos, dentre outros da sociedade civil, que juntos cometeram atrocidades em todo o país. 
Torturaram, mataram e reprimiram a população brasileira como um todo. 
Suas vítimas não foram só aquelas que contestavam a ordem, mas qualquer pessoa que não se alinhasse aos interesses espúrios da ditadura civil-militar.
Ao contrário dos outros países latino-americanos, no Brasil não houve justiça de transição. Os responsáveis por crimes como tortura e desaparecimento de corpos, de lesa humanidade, não foram julgados. O Estado brasileiro não investigou os crimes cometidos durante a ditadura, mesmo tendo sido internacionalmente condenado pela OEA por esse motivo. Isso demonstra que os interesses que levaram os militares ao poder continuam fortes e operantes no cenário político. Não satisfeitos, os militares ainda resolveram satirizar a sociedade brasileira em mais uma 
confraternização de celebração. Perguntamos a eles, o que devemos celebrar?
Após 25 anos do fim da ditadura, o que nos resta? Calar-nos frente às comemorações e aos elogios feitos à ditadura militar pelos oficiais? Devemos conviver diariamente com o discurso apaziguador feito pela grande mídia? Temos de sentir vergonha das lágrimas que 
derramamos pelos queridos e queridas no passado e no presente? 
Resta-nos a solidão por acreditarmos em uma sociedade democrática?
Para nós, restou a resignação ou a bala. Nas manifestações, balas de borracha e armas de choque. Nas periferias, balas com pólvora e chumbo.
A ditadura não acabou! Não ficaremos calados! 
Se a farsa continua, continuaremos a exigir o direito à justiça e à verdade.
Cordão da Mentira




O bloco foi prá rua.
O Cordão da Mentira passou por locais que foram paradigmas durante
o regime militar até chegar ao Galpão do Folias



Foi lá que também deixei minha contribuição.

 








Depois da encenação no Galpão o Cordão da Mentira retomou seu trajeto





E o Galpão do Folias "herdou" a escultura